
LOC: O ICST, Índice de Confiança da Construção do FGV IBRE subiu 1,0 ponto em abril, para 95,4 pontos, maior nível desde novembro de 2022. O levantamento mede a confiança, principalmente, das empresas do ramo da construção civil no país. A pontuação representa que, de 100 pessoas entrevistadas, cerca de 95 responderam que acreditam no crescimento do setor. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,6 ponto. Felipe Brasileiro é engenheiro civil, atua há 10 anos no DF e é sócio na F10 Engenharia. Ele conta que a procura na capital federal tem sido alta e continua otimista para o decorrer deste ano.
TEC/SONORA: engenheiro civil - Felipe Brasileiro
“Está tendo um aumento na demanda de construção, de reformas, principalmente reforma de apartamento, e na prática, eu sendo engenheiro civil, a gente está notando que está crescendo [a demanda]. Agora tá quase igualando o que era pré-pandemia. Pode evoluir mais ainda”.
LOC: Para o economista Hugo Gabe, avançar um ponto percentual tem grande relevância. Ele explica as variáveis que favorecem esse cenário.
TEC/SONORA: economista - Hugo Gabe
“Avançar 1,0 ponto é bastante significativo. O setor da construção civil depende bastante das taxas e existe uma expectativa no segundo semestre por causa, essencialmente das taxas de juros e desemprego, que está diminuindo. São essa duas as principais variáveis que faz com que eles tenham uma maior confiança”.
LOC: O ICST também analisa outros itens que apresentaram avanço na pontuação: o Índice de Situação Atual, o Índice de Expectativas e o Nível de Utilização da Capacidade. O professor de economia da UNB Roberto Piscitelli também concorda que o indicador é positivo para o setor e pontua fatores de destaque da pesquisa que consolidam essa expectativa.
TEC/SONORA: prof de economia na UNB - Roberto Piscitelli
“Porque os contratos não refletem apenas, digamos assim, uma expectativa. Os contratos são uma coisa de concreto. Portanto, representam compromissos assumidos. Outro dado é o índice de utilização da capacidade. Não são muitos setores que têm o índice tão elevado. É um indicador num modo geral positivo”.
LOC: Em contrapartida, os quesitos que apontam dificuldades para os negócios foram: o item Demanda Insuficiente que na comparação do ano ado foi de 25,3% para 29,1% e também foi registrado aumento no item Escassez de Mão de Obra Qualificada.
Reportagem, Karina Chagas