
LOC.: Usado desde a pandemia de Covid-19 como uma resposta à situação de calamidade pública que o país vivia, o Sistema de Deliberação Remota do Senado foi criado para permitir as votações em plenário enquanto o distanciamento social era necessário e obrigatório.
Mas o modelo funcionou. No ano ado, um ato normativo foi publicado para regulamentar o tema e prevê que o Senado poderá funcionar de forma exclusivamente remota ou semipresencial, desde que em algumas hipóteses, como em situações de guerra, calamidade pública, pandemia ou caso haja impossibilidade de reunião presencial mediante convocação do Presidente do Senado.
Assim como no Senado, a Câmara implantou sessão semipresencial em março de 2020. A assessoria da Casa explica que os deputados que decidem participar das sessões à distância utilizam o aplicativo Infoleg, desenvolvido pela Câmara para esse fim.
As sessões que permitem votação remota são classificadas em virtual e semipresencial, mas em quatro anos, nunca houve sessão do Plenário totalmente virtual na Casa.
Desde agosto, o presidente da Câmara, Arthur Lira, liberou a presença dos deputados, prevendo a presença virtual nas votação em plenário. Para o deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), que até essa semana esteve em Brasília para acompanhar as votações mais importantes nas duas Casas, a votação à distância não atrapalha o andamento.
TEC/SONORA: deputado Vitor Lippi (PSDB-SP)
“Acho que o importante é as lideranças estarem em Brasília e estaremos reunidas para fazer o encaminhamento dos partidos.”
LOC.: Já o cientista político André César entende que a votação online foi essencial na época na pandemia para manter o funcionamento do Congresso, mas em tempos normais, mesmo em período eleitoral, a votação à distância atrapalha o andamento dos trabalhos.
TEC/SONORA: André César, cientista político
“Ela prejudica o bom fluxo do Congresso. Por que você tem contato corpo a corpo, a negociação, com os grupos de pressão que atuam de maneira legítima, além da pressão da opinião pública e a presença da imprensa.”
LOC.: As pautas mais votadas em formatos remotos ou semipresenciais são geralmente aquelas que exigem uma tramitação mais urgente, dependendo da situação específica da convocação da sessão em tais formatos.
Reportagem, Lívia Braz