
LOC.: Apesar de a confiança do empresário industrial apresentar crescimento, não significa que 2021 será um ano sem desafios para o setor. Especialistas acreditam que, além de o país ter que garantir um processo de imunização eficaz contra a Covid-19, o campo político deve estar voltado para medidas que ajudem no desenvolvimento das atividades econômicas.
Na avaliação do gerente de Relações Industriais da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Maurício Laranjeira, a retomada depende, sobretudo, de duas condições relacionadas. São elas: o fato de o consumidor ter confiança de que continuará empregado e a consequência disso, que é a confiança da Indústria para continuar produzindo e contratando cada vez mais.
TEC./SONORA: Maurício Laranjeira, gerente de Relações Industriais da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE)
“Associado a tudo isso, temos que ver a questão das reformas estruturantes que o Brasil precisa. A gente sabe que, com a vacina, um grande obstáculo para a nossa economia começa a ser resolvido, pelo menos de maneira paliativa. Mas, as reformas estruturantes que o Brasil precisa continuam aí e não vão ser resolvidas com a vacina, como a reforma tributária e a reforma istrativa. Isso cria um estado mais justo, menos pesado.”
LOC.: O presidente FIEPE, Ricardo Essinger, entende que a recuperação já deu seus primeiros os. No entanto, segundo ele, “será necessário equilibrar as contas públicas e atrair investidores que aceitem o risco do País.
Em 2020, o estado de Pernambuco chegou a contar com uma expectativa de alta na produção industrial de 2,4% no acumulado do ano, principalmente por conta da demanda reprimida. Em outubro, por exemplo, houve crescimento de 7,2%. No ano ado, o estado perdeu quase 15 mil postos de emprego entre janeiro e outubro de 2020. Em todo o País, foram mais de 170 mil.
Reportagem, Marquezan Araújo