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Gripe aviária

04/06/2025 21:00h

As medidas foram tomadas devido à detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no município de Montenegro (RS)

O número de países que adotaram restrições à importação de carne de aves do Brasil chegou a 21. A informação foi anunciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nesta quarta-feira (4). 

As medidas foram tomadas devido à detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no município de Montenegro (RS)

Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (4), o ministro Carlos Fávaro, afirmou que esse foco foi contido e que a doença não se espalhou para fora da granja.  "Esse vírus é tão letal que, em 4 ou 5 dias, não sobrevive um animal. Se não tem animal morrendo, o foco foi contido", disse. 

Gripe aviária: Brasil investiga 12 casos suspeitos em aves domésticas e silvestres; não há restrição de consumo

O caso em Montenegro foi registrado há 3 semanas e apontado com o primeiro identificado em uma granja comercial no Brasil. A gripe aviária chegou ao país em 2023 e, até maio deste ano, só havia atingido aves silvestres e de criação doméstica.

Confira a lista dos países que adotaram restrições

  • China 
  • União Europeia 
  • México 
  • Iraque 
  • Coreia do Sul 
  • Chile
  • Filipinas 
  • África do Sul 
  • Peru 
  • Albânia
  • Canadá 
  • República Dominicana
  • Uruguai
  • Malásia 
  • Argentina
  • Timor-Leste 
  • Marrocos
  • Índia 
  • Sri Lanka 
  • Macedônia do Norte
  • Paquistão

De acordo com a Pasta, ainda há uma articulação com as autoridades sanitárias das nações importadoras, com disponibilidade de informações técnicas necessárias sobre o caso. O Ministério também pontua que o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde. 

Outros casos

Ainda segundo o ministério, há um novo caso suspeito em uma granja comercial que está sendo investigado, em Teutônia, também no estado gaúcho. Outras três suspeitas foram descartadas. Elas estavam localizadas em Ipumirim (SC), Aguiarnópolis (TO) e Anta Gorda (RS).

No último dia 3, foi confirmado um caso de gripe aviária em uma espécie de pato no zoológico de Brasília. O ministro, porém, disse que não existe motivo para alarde com relação a esse foco.

Desde o início de 2025, 451 suspeitas foram investigadas. Cinco casos foram confirmados. Dois deles em Montenegro, dois em aves de zoológicos, em Brasília e em Sapucaia (RS); e um em Mateus Leme (MG).
 

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02/06/2025 23:00h

Segundo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foco em granja comercial em Montenegro (RS) está contido; local a por período de ‘vazio sanitário’

O país ainda investiga 12 casos suspeitos de gripe aviária (H5N1), sendo um em uma granja comercial em Anta Gorda (RS). Os dados constam no de monitoramento de síndromes respiratórias e nervosas em aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atualizados na última segunda-feira (2). 

O aponta que há dois casos em andamento – em um zoológico de Sapucaia do Sul (RS) e outro na cidade de Mateus Leme (MG). Ambos são de animais silvestres.

Os outros focos que estão sob investigação foram registrados em produções domésticas nos estados do Ceará, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.

Confira os municípios com animais domésticos sendo investigados:

  • Minas Gerais: Bom Despacho, Divinópolis, Lagoa da Prata, Mateus Leme, Novo Cruzeiro e Ribeirão das Neves
  • Ceará: Quixeramobim
  • Bahia: Itajuípe

Já as investigações em andamento que envolvem aves silvestres estão localizadas em Belo Horizonte (MG), Santo Antônio do Monte (MG) e Brasília (DF).

Os casos que estavam sendo investigados em granjas comerciais em Aguiarnópolis (TO) e Ipumirim (SC) foram descartados pelo ministério. 

Contenção e marco zero

O Mapa anunciou que o serviço veterinário oficial concluiu a desinfecção da área afetada em Montenegro (RS) – onde foi confirmado um foco de H1N5. Dessa forma, o período de 28 dias de vazio sanitário no local teve início em 22 de maio.

O chamado “marco zero” do ciclo de 28 dias de observação é previsto nos protocolos internacionais. Isso significa que, caso não sejam registrados novos focos nesse período, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região.  

No último dia 27 de maio, em audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o foco de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS) está contido. 

Conforme o Estadão, o Brasil notificou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) sobre a conclusão da política de erradicação, que está prevista no Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária, na granja comercial onde a doença foi detectada – em Montenegro (RS).

Sem risco à saúde

O Mapa reiterou, em nota oficial, que “o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde”.

Suspensão de exportações

O Mapa atualizou as restrições temporárias impostas às exportações brasileiras de carne de aves em função da detecção de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS). Até o momento, o Brasil suspendeu a exportação de carne de aves para 24 países. 

O Kuwait suspendeu a importação de carne de frango de todo o território nacional. Já a Macedônia do Norte ampliou a restrição do estado do Rio Grande do Sul para todo o Brasil. Em contrapartida, a Namíbia flexibilizou a medida, com restrição apenas ao estado do Rio Grande do Sul.

Confira como as suspensões estão distribuídas 

  • Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Jordânia, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, Albânia, Índia, Macedônia do Norte e Kuwait. 
  • Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: Arábia Saudita, Turquia, Reino Unido, Bahrein, Cuba, Montenegro, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão, Ucrânia, Rússia, Bielorrússia, Armênia, Quirguistão, Angola e Namíbia. 
  • Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Emirados Árabes Unidos e Japão.

Em nota, a Pasta afirmou que segue em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores com a prestação ágil e transparente de todas as informações técnicas necessárias sobre o caso. “As ações adotadas visam garantir a segurança sanitária e a retomada segura das exportações o mais breve possível”, diz o Mapa. 

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27/05/2025 19:10h

Centro de Pesquisas aponta que entre as principais preocupações está o risco do prolongamento das suspensões das exportações brasileiras da carne de frango. Após confirmação da doença, preço do boi cai mais que o do frango.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontou, em nota oficial, que a confirmação de gripe aviária no país deixa produtores de carne de frango em estado de alerta. A instituição afirma que entre as principais preocupações está o risco do prolongamento das suspensões das exportações brasileiras da carne de frango, além da possibilidade do surgimento de novos casos da doença.

O Centro de Pesquisas  reforçou que a cadeia avícola nacional, com apoio dos setores públicos e privados, têm condições de controlar a situação sanitária de forma rápida. Além disso, o Cepea afirmou que há capacidade de negociar a retomada e a flexibilização dos embarques com seus principais parceiros comerciais, com vistas a reduzir os impactos sobre a cadeia produtiva.

Carne bovina tem queda maior que o frango

Em nota compartilhada no último dia 22, o Cepea informou que a conformação de gripe aviária em granjas comerciais no Brasil aumentou a cautela dos operadores dos setores de carnes e de grãos. Um levantamento do Cepea revelou que, após uma semana de confirmação, o mercado interno da carne de frango não evidenciou desarranjo da oferta.

Entre 15 a 20 de maio, o frango resfriado no atacado da Grande São Paulo se desvalorizou 1% – o que seria típico para o período. Em relação aos suínos, houve manutenção do ritmo leve de queda. Já a cotação da carcaça casada bovina teve um alto recuo, de 3,7%, no atacado da Grande São Paulo.

Em nota, o Cepea informou que pesquisadores do Centro apontam que atacadistas destacam que as vendas da carne bovina estão fracas no início desta segunda quinzena de maio, “mas a desvalorização dos cortes e também a pressão exercida por frigoríficos nas compras de novos lotes de animais "sinalizam que o mercado pecuário está refletindo de forma intensa os impactos de eventual aumento da oferta interna de carne de frango”, diz um trecho da nota.

Atualização sobre suspensão das exportações brasileiras

No último dia 23, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que novos países adotaram restrições à importação de carne de aves brasileira, em função da detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS).

Com isso, três novos mercados - Albânia, Namíbia e Índia - anunciaram a suspensão das importações de todo o território brasileiro. Já Angola decidiu restringir as compras apenas do estado do Rio Grande do Sul.

Confira a situação atual das exportações:

  • Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Jordânia, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, Albânia, Namíbia e Índia. 
  • Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: Arábia Saudita, Turquia, Reino Unido, Bahrein, Cuba, Macedônia, Montenegro, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão, Ucrânia, Rússia, Bielorrússia, Armênia, Quirguistão e Angola. 
  • Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Emirados Árabes Unidos e Japão. 

O Mapa reiterou, em nota, que o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde.
 

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24/05/2025 19:50h

Investigações de suspeitas de gripe aviária em granjas comerciais em Aguiarnópolis (TO) e Ipumirim (SC) seguem em andamento. Ministério da Agricultura reitera que não há restrição de consumo de carne de aves e de ovos

Desde a confirmação do primeiro caso de gripe aviária (H5N1) em uma granja comercial no Brasil, em Montenegro (RS), apenas um segundo caso foi confirmado em um zoológico de Sapucaia do Sul (RS). O país ainda investiga 12 casos suspeitos, sendo dois em granjas comerciais –  em Aguiarnópolis (TO) e Ipumirim (SC). Os outros sete focos foram registrados em produções domésticas e de subsistência nos estados do Ceará, Pará, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. 

Com relação aos dois casos suspeitos em granjas comerciais de Aguiarnópolis (TO) e Ipumirim (SC), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou, em nota, que as investigações das amostras coletadas nestas granjas seguem em andamento.

Segundo o ministério, as análises iniciais apontaram para resultados com baixa carga viral ou possível degradação do material genético viral – o que inviabilizou o sequenciamento direto do vírus. A Pasta explicou que, para estes casos, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em São Paulo (LFDA), referência no país para a doença, adotou o protocolo previsto pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Com isso, as amostras estão sendo inoculadas em ovos embrionados com o intuito de isolar o patógeno e aumentar a quantidade de material genético disponível para realizar provas complementares, conforme preveem os protocolos. O ministério informou, ainda, que o mesmo procedimento já foi adotado em 33 amostras suspeitas ao longo do último ano em 1.529 amostras analisadas, o que representa cerca de 2,2% do total.

“Todas as etapas estão sendo conduzidas com rigor técnico, de acordo com os padrões internacionais, e seguem como prioridades da defesa agropecuária brasileira”, diz um trecho da nota.

Confira os municípios que possuem produções domésticas e de subsistência com investigação de casos em andamento:

  • Gaurama (RS);
  • Capela de Santana (RS);
  • Concórdia (SC);
  • Angélica (MS);
  • Salitre (CE);
  • Eldorado do Carajás (PA), sendo dois estabelecimentos

Também há três casos suspeitos em investigação envolvendo animais silvestres em três estados, nos municípios de Castelo (ES), Ilhéus (BA) e Icapuí (CE).

Os dados constam no de monitoramento de síndromes respiratórias e nervosas em aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atualizados na última sexta-feira (23).

Marco zero

O Mapa anunciou que o serviço veterinário oficial concluiu a desinfecção da área afetada em Montenegro (RS) – onde foi confirmado um foco de H1N5. Dessa forma, começou na quinta-feira (22) o período de 28 dias de vazio sanitário.

O chamado “marco zero” do ciclo de 28 dias de observação é previsto nos protocolos internacionais. Isso significa que, caso não sejam registrados novos focos nesse período, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região. 

Contenção 

O Mapa tem seguido o Plano de Contingência com ações para prevenir, controlar e impedir a disseminação do vírus no país. A Pasta declarou situação de emergência zoossanitária da gripe aviária no município de Montenegro (RS) por 60 dias. A situação sanitária é válida para um raio de 10 km em torno do foco de detecção da doença. 

O Ministério da Agricultura e Pecuária informou em nota que, no raio de 10 km da granja afetada, 540 estabelecimentos rurais foram identificados – dentre os quais, além da granja do foco, mais dois atuam com avicultura comercial. Segundo o Mapa, todos os estabelecimentos já foram vistoriados.

Sem risco à saúde

Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) reforçaram que a situação não representa risco ao consumidor final. O Mapa também reiterou, em nota oficial, que “o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde”.

Suspensão de exportações

O Mapa atualizou as restrições temporárias impostas às exportações brasileiras de carne de aves em função da detecção de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS). Até o momento, o Brasil suspendeu a exportação de carne de aves para 20 países.

A Rússia, Bielorrússia, Armênia e Quirguistão retiraram a suspensão do país todo e reduziram a restrição geográfica para o estado do Rio Grande do Sul.

Em nota, a Pasta afirmou que segue em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores com a prestação ágil e transparente de todas as informações técnicas necessárias sobre o caso. “As ações adotadas visam garantir a segurança sanitária e a retomada segura das exportações o mais breve possível”, diz o Mapa.

Confira como as suspensões estão distribuídas 

  • Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Jordânia, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka e Paquistão.
  • Suspensão para o estado do Rio Grande do Sul: Arábia Saudita, Turquia, Reino Unido, Bahrein, Cuba, Macedônia, Montenegro, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia. 
  • Suspensão para o município de Montenegro (RS): Emirados Árabes Unidos e Japão. 
     
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21/05/2025 20:20h

Brasil suspende exportações de carne de aves para 20 países. Não há restrição de consumo, dizem entidades

Após o Brasil registrar o primeiro caso de gripe aviária (H5N1) em uma granja comercial em 15 de maio, em Montenegro (RS), houve outra confirmação em um zoológico de Sapucaia do Sul (RS). O país ainda investiga seis casos suspeitos, sendo dois em granjas comerciais – um no Tocantins e outro em Santa Catarina. Os outros focos foram registrados em produções domésticas e de subsistência nos estados do Ceará, Pará e Rio Grande do Sul.

Os dados constam no de monitoramento de síndromes respiratórias e nervosas em aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atualizados nesta quarta-feira (21).

Em coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (19), o ministro do Mapa, Carlos Fávaro, destacou o esforço do governo federal na contenção dos casos. Além disso, ressaltou a robustez do sistema sanitário – com o recebimento de possíveis casos, e investigação, além da transparência dos dados no enfrentamento da gripe aviária. Para ele, a transparência é essencial para preservar a credibilidade das exportações brasileiras de produtos avícolas.

“Agentes do Ministério da Agricultura, dos estados e dos municípios recebem o alerta. A pessoa fala: "Tem um animal doente aqui". Então, a gente vai lá e com total transparência a gente coloca no sistema. É exatamente aí que tem a robustez. E por isso vamos conseguir ganhar credibilidade, pela transparência que estamos conduzindo e vamos sempre conduzir. Ao fazer dessa forma, o mercado, o sistema, vai confiar que o processo foi feito com total transparência. E quando chegar o momento de atestarmos, de novo, que o Brasil está livre de gripe aviária, o mercado vai ter essa confiança, porque acompanhou o a o o modelo e a transparência”, afirmou Fávaro.

O ministro Fávaro também destacou o chamado “marco zero” do ciclo de 28 dias de observação previsto nos protocolos internacionais, que deve começar quinta-feira (22). Caso não sejam registrados novos focos nesse período, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região.

Ações de contenção do H5N1 pelo governo federal

O Mapa tem seguido o Plano de Contingência com ações para prevenir, controlar e impedir a disseminação do vírus pelo país. A Pasta declarou situação de emergência zoossanitária da gripe aviária no município de Montenegro (RS) por 60 dias. A situação sanitária é válida para um raio de 10 km em torno do foco de detecção da doença.

Conforme o Mapa, até 18 de maio, a expectativa era de atingir 100% das vistorias em propriedades da área perifocal, com raio de 3 km de onde se declarou emergência. No dia 18 de maio, portanto, na área de vigilância – que corresponde a 7km a partir do raio de 3km –, 238 de 510 propriedades haviam sido vistoriadas.

Na propriedade de Montenegro (RS) houve o descarte de todas as aves e de seus ovos, além de realização de limpeza e desinfecção de todas as instalações. Além disso, o Mapa informou, em nota oficial, que os ovos provenientes da propriedade de foco foram completamente rastreados para destruição. Foram implementadas, ainda, barreiras sanitárias, sendo sete de bloqueio de trânsito de animais e seis de desinfecção.

“O Mapa, por fim, esclarece que investigações de suspeitas são rotina na atividade da Defesa Agropecuária e que em casos onde emergências são declaradas o sistema fica sensibilizado e o número de investigações tende a aumentar em um primeiro momento, o que reforça a robustez do sistema de Defesa Agropecuária do Brasil, que atende e trata todas as investigações com eficiência e transparência”, informa o ministério em nota oficial.

Sem risco para o consumidor final 

De acordo com informações da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, o consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou em pontos de venda é seguro – tendo em vista que a doença foi detectada em uma granja de reprodução. Segundo a secretaria, não há restrição de consumo.

Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) também reforçaram que a situação não representa risco ao consumidor final.

Impactos nas exportações

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atualizou as restrições temporárias impostas às exportações brasileiras de carne de aves em função da detecção de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS). Até o momento, o Brasil suspendeu a exportação de carne de aves para 20 países.

Confira como as suspensões estão distribuídas

  • Suspensão total das exportações do Brasil: China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, África do Sul, União Euroasiática, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, Filipinas e Jordânia.
  • Suspensão para o estado do Rio Grande do Sul: Reino Unido, Bahrein, Cuba, Macedônia, Montenegro, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia.
  • Suspensão para o município de Montenegro (RS): Japão e Arábia Saudita.
     
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30/03/2025 02:00h

De acordo com orientações da Secretaria de Defesa Agropecuária, a ação tem como objetivo proteger a sanidade avícola, além de reduzir os efeitos que podem ser causados na cadeia produtiva do país

Para reduzir o risco de entrada e disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade na avicultura comercial do Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) estabeleceu novas medidas preventivas. 

Essa atenção é destacada devido à ameaça iminente de reingresso da doença no território nacional, em função de novos focos de gripe aviária na América do Sul.

As medidas constam na Portaria nº 782, que suspende, em todo o país, a realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves. A ideia é prevenir a propagação da doença. 

De acordo com orientações da Secretaria de Defesa Agropecuária, a ação tem como objetivo proteger a sanidade avícola, além de reduzir os efeitos que podem ser causados na cadeia produtiva do país. 

O ministério pontua ainda, que, além disso, a criação de aves ao ar livre, com o a piquetes sem telas na parte superior, também está suspensa em estabelecimentos registrados. 

A medida foi publicada no Diário Oficial da União do último dia 27 de março, com vigor imediato e duração de 180 dias, com possibilidade de prorrogação.

Entre 2022 e 2024, o Brasil havia registrado, pelo menos, 3.130 suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves e 166 focos do vírus da Influenza Aviária. 
Os municípios que mais apresentaram focos foram São João da Barra (RJ), Vila Velha (ES), São Sebastião (SP) e Santos (SP). Nas áreas de foco, foram identificadas 163 aves silvestres com a doença e 3 aves de subsistência. 

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 880 casos de gripe aviária em humanos foram notificados mundialmente desde 2003, mas nenhum deles ocorreu no Brasil. 

 

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27/12/2024 00:04h

Ação preventiva visa garantir resposta coordenada e eficaz a possíveis surtos da doença no Brasil

O Brasil não possui nenhum caso confirmado de gripe aviária, mas o Ministério da Saúde (MS) já se antecipou e lançou o Plano de Contingência Nacional do Setor Saúde para Influenza Aviária. Segundo a Pasta, a iniciativa é uma ação preventiva que visa garantir resposta coordenada e eficaz a possíveis surtos da doença no país.

O documento estabelece as responsabilidades para as instâncias federal, estadual e municipal e define estratégias de organização para enfrentar emergências relacionadas à doença. As ações previstas incluem atividades integradas de vigilância epidemiológica, diagnóstico laboratorial, assistência e, ainda, comunicação em saúde. 

Vigilância

Este ano, o MS também publicou o Guia de Vigilância da Influenza Aviária em Humanos, que traz diretrizes para o monitoramento de pessoas expostas a animais suspeitos ou confirmados com influenza aviária (IA), identificação precoce de casos suspeitos em humanos, além da implementação rápida de tratamento para evitar complicações e mortes. 

Além disso, o MS também reforçou o treinamento de profissionais de saúde e estabeleceu fluxos de comunicação e articulação com outras entidades governamentais e internacionais. O objetivo é garantir que o país esteja preparado para detectar e enfrentar casos da doença, caso surjam no território.

Gripe aviária

A IA, também conhecida como gripe aviária, é uma doença infecciosa, causada pelos vírus influenza. A doença pode infectar aves e mamíferos, incluindo humanos.

Segundo o MS, quando as aves estão infectadas podem disseminar vírus através da saliva, secreções de mucosas e fezes. A infecção se dá tanto pelo contato direto, como respirar o vírus contido em gotículas ou partículas transportadas pelo ar, ou pelo contato com superfícies contaminadas por ave infectada e depois tocando os próprios olhos, boca ou nariz.

A Pasta destaca que raramente as pessoas contraem a influenza aviária, mas quando isso ocorre, geralmente é devido ao contato direto desprotegido, sem uso de equipamentos de proteção individual como luvas e máscaras, com aves infectadas.
 

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17/07/2024 00:22h

Os municípios São João da Barra (RJ), Vila Velha (ES), São Sebastião (SP) e Santos (SP) registraram o maior número de focos do vírus da influenza aviária

Entre 2022 e 2024, o Brasil registrou 3.130 suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves e 166 focos do vírus da Influenza Aviária. Os municípios que mais apresentaram focos foram São João da Barra (Rio de Janeiro), Vila Velha (Espírito Santo), São Sebastião (São Paulo) e Santos (São Paulo). Nas áreas de foco, foram identificadas 163 aves silvestres com a doença e 3 aves de subsistência. As informações são da última atualização do Influenza Aviária, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta terça-feira (16). 

Ralcyon Teixeira, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, explica que a gripe aviária é um vírus de Influenza — que tem capacidade de causar a gripe.

"O que mais está se falando atualmente é sobre a Influenza H5N1. Esse tipo de vírus está circulando mais entre as aves atualmente. Há o receio de que ele possa sair da espécie que ele está infectando, ou ar a infectar outros animais, como mamíferos, gatos, cães”, informa.

Teixeira explica que, até o momento, a infecção do animal para humano acontece por meio do contato com secreções das aves, como no ato de abrir e limpar aves mortas.

"Esse é o grande receio, do vírus se adaptar e ar de ser humano para ser humano, como foi o caso da Covid-19. Sabemos que o vírus respiratório tem uma alta capacidade de transmissão entre as pessoas. Então esse é um modo de transmissão, inicialmente através das secreções de uma ave contaminada para um ser humano, e depois de pessoa para pessoa, com o risco de uma nova grande epidemia", alerta.

O infectologista afirma que os laboratórios já estão trabalhando em busca de uma vacina contra a doença, caso se comprove que o vírus é capaz de ar de pessoa para pessoa.

Estado de emergência zoossanitária por gripe aviária foi prorrogado por mais 180 dias

Gripe aviária: dois novos casos são confirmados pelo governo

Organização Mundial da Saúde

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 880 casos de gripe aviária em humanos foram notificados mundialmente desde 2003, mas nenhum deles ocorreu no Brasil.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para os cuidados contra a doença em uma coletiva de imprensa em Genebra, Suíça, no dia 11 de julho. Ele destacou a necessidade de todos os países fortalecerem seus sistemas de vigilância e notificação de casos de gripe aviária tanto em animais quanto em humanos.

Ele também pediu para que os países compartilhem amostras e sequências do vírus H5N1 com os centros colaboradores da OMS globalmente, garantindo o público aos dados.

Suspeita de gripe aviária

De acordo com o Mapa, foram registrados focos de gripe aviária em animais silvestres no Brasil, especialmente em áreas litorâneas ao longo das regiões sul e sudeste do país. A pasta destaca que isso aumenta a possibilidade de pessoas que frequentam essas praias, ou outros ambientes onde essas espécies estão presentes, se depararem com aves e mamíferos marinhos doentes ou mortos.

Diante dessa situação, o Mapa recomenda que as pessoas não se aproximem nem toquem nesses animais e que comuniquem imediatamente a ocorrência ao Serviço Veterinário Oficial do estado.

Os Serviços Veterinários Oficiais do Brasil estão distribuídos por todos os municípios do país, próximos aos produtores rurais. Para localizar as unidades mais próximas, é possível consultar no portal do Mapa.

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14/05/2024 00:04h

Segundo Ministério da Agricultura e Pecuária, ainda não foram registrados casos de circulação do vírus na criação comercial brasileira

O Brasil ainda não registrou casos de gripe aviária (H5N1) em aves para comercialização – como o frango –, mas decidiu prorrogar por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária. A medida foi adotada como forma preventiva, após detecção da infecção pelo vírus da influenza alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no ano ado, explica Marcelo de Andrade Mota, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

“A gente não tem ainda uma diminuição desse risco, o risco continua batendo a nossa porta. O Ministério da Agricultura propôs uma nova portaria para que se mantivesse as ações de vigilância e para os estados celebraram acordos com o Ministério da Agricultura contribuindo com essa vigilância em nível elevado”, observa.

De acordo com o diretor do departamento de saúde animal do MAPA, a prorrogação também permite que os estados tenham o aos recursos nos convênios que foram celebrados durante o ano ado. 

“Nós estamos tratando agora da fase de renovação de o a esses recursos por parte dos estados para que eles possam manter todas essas ações de vigilância e prevenção para a doença. Não porque tenha acontecido nenhum fato novo, mas porque persistem ainda as condições”, esclarece.

A gripe aviária (H5N1)

Altamente contagiosa, a influenza aviária é uma doença viral que afeta várias espécies de aves domésticas e silvestres. Em alguns casos, pode ocorrer em mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos, e até mesmo o homem, conforme informações do MAPA.

A contaminação em espécies comerciais pode gerar consequências negativas ao comércio internacional de produtos avícolas. Em 2023, foi detectada pela primeira vez em território nacional em aves silvestres. Mas o Ministério da Agricultura e Pecuária garante que o episódio não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP para o comércio.

Transmissão e contágio

Atualmente, os principais fatores que contribuem para a transmissão da influenza aviária são os seguintes:

- A exposição direta a aves silvestres infectadas;
- Fluxo de pessoas e mercadorias ao redor do mundo – aumenta o risco de disseminação de doenças, incluindo a influenza aviária;
- Contato próximo entre diferentes espécies de aves e outros animais, assim como com o homem;

O professor Cristiano Barros da Universidade de Brasília (UNB) alerta para os perigos à população.

“É importante que as pessoas não toquem nesses animais, não tenham contato próximo, mais direto, porque eles podem estar com alguma doença. É preciso chamar um profissional. Se estiver na praia e encontrar algum animal silvestre, não tocar, não procurar interação, não levar para casa”, alerta.

Casos notificados

O primeiro caso de gripe aviária no Brasil foi registrado no dia 15 de maio de 2023, em aves silvestres. Próximo a um ano da detecção, 164 focos foram identificados, sendo apenas três em aves de subsistência nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

“Nas regiões próximas ao sistema de produção avícola industrial foram notificados este ano 13 focos, e, por isso, o monitoramento se faz necessário, porque essas aves migratórias têm movimentação — o que alerta para uma situação de risco”, ressalta Marcelo de Andrade (MAPA).

Ele relata que o último foco foi confirmado no dia 26 de abril de 2024, no Espírito Santo, mas tranquiliza a população. “Reforço que todos esses episódios não estão relacionados a uma unidade epidemiológica dentro de uma propriedade. Ou seja, não compromete a produção comercial”, destaca.

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16/02/2024 21:15h

Aves migratórias são acompanhadas de perto por biólogos para monitorar o avanço da doença no país

Dois novos casos de gripe aviária foram registrados no Brasil, segundo o Ministério da Agricultura. A atualização está na plataforma digital da pasta. Com os dois novos casos, desde maio de 23, o país já contabiliza 151 casos da doença em animais silvestres — sendo que 147 foram em pássaros e quatro em leões-marinhos. 

Todos os casos encontrados desde o ano ado foram detectados em aves silvestres, ou seja, longe das cadeias produtivas. Os mais recentes foram no Rio Grande Sul e no estado do Rio de Janeiro. Para Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), “os novos casos são iguais aos outros mais de cem que apareceram em 2023, mas é preciso estar atento, pois a doença não acabou.” 

Brasil: país livre da gripe aviária 

É importante destacar que o Brasil ainda mantém o status de livre da influenza aviária de alta patogenicidade, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), já que nunca foi registrado nenhum caso da doença em aves comerciais do setor produtivo.
Mesmo com os novos casos, o status sanitário do Brasil não muda. Mas para o presidente da ABPA, aproveita o momento para reforçar os cuidados que precisam ser tomados. 

“Os cuidados são aqueles básicos. Primeiro: da higienização das pessoas que estão em contato direto com as fazendas e com os animais. Além disso, é importante trocar calçados antes de entrar no aviário e não entrar com a mesma roupa que você estava do lado de fora. Lavar bem as mãos e revisar o telamento — que são as telas que protegem os aviários — também é fundamental.” 

Santin ainda ressalta que é fundamental evitar o contato de animais domésticos com as aves. Para os veículos que entram nas granjas vale tomar o cuidado conhecido como o pedilúvio — que é a higienização das rodas dos veículos que entram nesses locais de criação. E, acima de tudo, evitar qualquer visita desnecessária às granjas — essas visitas devem estar restritas aos técnicos e trabalhadores do local. 

Monitoramento constante desde 2023

Segundo a coordenadora do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do Instituto Argonauta, a bióloga Carla Barbosa, registrada no CRBio-01, desde o ano ado — quando os primeiros casos de gripe aviária chegaram ao Chile e ao Uruguai — as aves marinhas brasileiras vêm sendo monitoradas. A preocupação era que a doença entrasse no país pelo Sul.

“O que não aconteceu. Os primeiros casos que a gente teve no Brasil foram no Espírito Santo e em Ubatuba. Por isso nós não conseguimos descobrir que caminho as aves faziam para chegar ao nosso litoral.” A coordenadora explica que as aves marinhas, a partir de agora, terão que ser constantemente monitoradas. 

“Hoje estamos ainda em observação das aves, acompanhando todas as aves — principalmente as migratórias — mas também as aves reincidentes, para poder acompanhar o andamento do vírus e saber como ele está se comportando.”  

Transmissão para humanos 

Vale lembrar que, segundo o Ministério da Agricultura e Organização Mundial de Saúde (OMS), não há registros de contaminação de gripe aviária a partir do consumo de frango ou ovos devidamente preparados. E, até hoje, nenhum caso da doença foi registrado em humanos no Brasil.
 

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